10º Simpósio SP Online da Liga Master de Futebol Amador De São Paulo
- ligafasm
- 20 de set. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de out. de 2022

A programação do 10ª Simpósio da Liga Master de Futebol Amador de São Paulo, nesta quinta-feira (29), contou com a presença de ex-jogadores do futebol amador (Belém, atleta do Tradição F.C e Tonhão, atleta do A.E. Boa Esperança) e dos ex-jogadores profissionais (Renan Teixeira, ex-jogador do SPFC, e Alexandre Rosa, ex-jogador do Palmeiras). O 10ª Simpósio também teve a participação da Árbitra de jogos profissionais Anete e do Árbitro da várzea Cabeça.
No comando entre drible ou gol de letra os dois craques do rádio, os comentarias Leticia Beppler (Lelê) e Gilberto Rodriguez, (Portuga) da Estádio FM dominam os contos e causos dos entrevistados e nos intervalos entre os blocos a música ficou sob a responsabilidade do afinado e talentoso músico Lam Santos, na companhia do seu parceiro musical.
O 10º Simpósio Saúde e Planejamento Técnico e alto Rendimento do Atleta voltado ao Futebol Amador, teve o apoio do Vereador Isac Félix, do Secretário Municipal de Esportes e Lazer, Carlos Augusto Manoel Vianna, do Presidente da Liga Master, Alécio Francisco dos Santos (Testão).
No primeiro bloco os telespectadores puderam acompanhar algumas curiosidades envolvendo os dois amigos de infância Belém Tonhão. Eles não são famosos, não estampam as capas das revistas e também não contam com grande fortuna. Os craques do futebol amador ganham um salário que faz muita diferença em suas vidas. Para Belém, que embora ficou conhecido por esse nome é natural de Recife –PE, ele é grato a várzea e sua principal renda é composta pela renda do futebol Amador. Para o atleta competir na várzea exige muita garra e é fundamental ter preocupação com o condicionamento físico.
Ganhar a vida como jogador de futebol não é tão fácil como se pensa, no Brasil há cerca de 360 mil jogadores registrados. Destes, 25% têm o esporte como principal fonte de renda, entretanto numa realidade não próxima das cifras milionárias que craques famosos faturam em uma única ação de marketing. Mais das metades jogadores profissionais, (55%) recebe remuneração mensal de R$ 1.192, o piso salarial brasileiro. E apenas 12% têm salário acima desse valor, segundo dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Statista e Ernst & Young.
Após o intervalo musical, os causos e prosas ficaram sob a responsabilidade da arbitragem, com Árbitra Anete e o Árbitro da várzea Cabeça.
A arbitragem feminina, assim como o futebol feminino, vem de uma história de luta, determinação e preconceito e representa pouco mais de 11% da quantidade total de árbitros. Das 711 pessoas presentes na relação de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apenas 82 são mulheres. E se falarmos em profissionais atuantes em competições masculinas, a quantidade é de apenas 1! Somente uma mulher exerce a função de árbitra central na Série A do Campeonato Brasileiro.
Mesmo diante desse cenário é possível considerar avanço nessa direção, porque até 1941 o Brasil era um dos muitos países onde o futebol feminino era proibido. Uma lei aprovada em 1941 proibia que as mulheres brasileiras praticassem diversos esportes, mas passados os anos e viradas as páginas a Arbitra Anete conta com orgulho da sua trajetória profissional em solo tão masculino. Abre um sorriso no rosto ao afirmar com tranquilidade que nunca foi agredida, desrespeitada sim, mas agredida felizmente não. Afirma que na grade de matérias para arbitragem há inclusive técnicas de defesa. Na contramão sob muita pressão e agressões verbais e físicas o Arbitro Cabeça não pode dessa trajetória. Teve recentemente um episódio de violência em campo durante uma partida.
Ambos os árbitros destacaram a importância do profissional da arbitragem e que é uma função um tanto solitária, onde o arbitro recebe pressão de ambos os times, mas em especial do que time perde, destacaram a importância da altura do apito e da convicção ao marcar as penalidades.
Os jogadores Renan Teixeira, ex-jogador do SPFC, e Alexandre Rosa, ex-jogador do Palmeiras fecharam com maestria o 10ª Simpósio.
Alexandre, quarto-zagueiro do Palmeiras de 1990 a 94! Atuou em 72 jogos, sendo 41 vitórias, 18 empates e 13 derrotas. Marcou sete gols e conquistou os campeonatos paulistas de 1993 e 94 e o Brasileirão de 93, e Renan do São Paulo, volante de marcação com passagens por vários clubes no Brasil. O ex-volante revelado pelo São Paulo, fez parte de um elenco que até hoje é lembrado, afinal aquele time de 2005 conquistou o Paulistão, a Libertadores da América e o Mundial de Clubes. No tricolor paulista fez 77 partidas, marcou 1 gol !
O 10ª Simpósio “foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa” e está disponível em nosso canal de Youtube, confira esse e outros Simpósio.
• Trecho da canção de Ben Jorge
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